quinta-feira, 24 de junho de 2010

amor...


Essa é só mais uma manhã daquelas, em que a gente deixa de se sentir parte do todo e passa a ser elemento unitário de um conjunto, dai você começa a escrever sem se dar conta do que está dizendo, porque essa é uma forma intelectual de chorar sem lágrimas...

Acho que o que estou tentando mesmo, é falar de amor... Não sei muito bem o que tenho visto por ai, não tenho plena certeza se já presenciei o amor da forma abrangente que eu sempre conceituei, mas o que vejo são pessoas bonitas demais pra se apegar a um unico ser humano imperfeito e passar a vida toda tentando aperfeiçoá-lo em vão.

O que eu penso e venho me perguntando, é se matéria é tudo! Porque não acho que o cara que eu escolhi pra mim tenha que se resumir a quanto tem na carteira, a casa que mora, o carro que dirigi, porque conta bancária não determina carater. Amor pra mim é algo muito mais a esquerda, algo invisivel e intocável e no fundo não tão mágico e alegórico como nos filmes e nos livros.

Cabe a nós olhar para o lado e nos fazer aquela pergunta secreta: será mesmo amor? Porque bem ali no fundo da gente, desde o mais omisso até o mais comunicativo, temos o desejo involuntário de sermos importantes pra alguém, de termos por quem esperar, de termos pra quem confiar as chaves da nossa casa, com quem dividir nossa cama e nossos piores defeitos, todo mundo quer ter alguém diferente, que beije diferente, que fale diferente, que toque a alma da gente mesmo antes de tocar nossa pele. Todo mundo quer ter aquele refúgio secreto, aquele abrigo nos dias frios, aquelas mãos e aqueles sorrisos.

A gente sabe quando está vivendo um amor quando as palavras deixam de fazer sentido, quando você olha pra si e se dá conta que tem muito mais da outra pessoa em você que você mesmo, quando você espera horas só pra dizer que sentiu saudade, quando você não vê ninguém melhor no mundo, quando todas as outras pessoas não te dão mais tesão, quando você olha aquele rosto e imagina que daqui a 50 anos, com cabelos brancos e rugas ele ainda vai estar lindo.
Ps.: Eu dispenso as rimas e as razões das histórias sempre acabarem em belas tragédias. Porque eu não sei fazer uma canção de amor, mas eu posso tentar fazer tudo por ele, e tudo que eu peço em troca é que ele mantenha meu coração batendo. Mesmo que tudo que eu faça seja beijar seu belo rosto através das palavras escritas em linhas tortas.

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