terça-feira, 29 de junho de 2010

Outro planeta!


Procuro nos búzios e no horóscopo o resto da minha dignidade. Tento ser mais cética, mais durona, mas sou totalmente tendenciosa quando alguma coisa diz que eu posso ser feliz. É sempre mais fácil culpar o autosabotamento com signos do zodíaco ou algo que se preze, do que entender que você, independente de onde marte esteja neste exato momento, gosta de arrancar as próprias penas apenas para ver aonde dói.

Gosta de se cutucar para ver aonde sangra, aonde incomoda, que parte do seu corpo sente mais falta dele, em que momento do dia você perde a razão, fica sem ar, o porquê grita tanto internamente ao ponto que se deita exausta de tanta coisa que é sua, mas que você não sabe lidar, e por isso é fácil apelar para o impalpável e para todas as superstições existentes para que tirem a culpa que você carrega de querer tanto ser como os outros, mas não é.

O amor que tanto se proclama, dessa busca e espera infindável, "que chegue e será bem vindo, que será esperado" que some em alguns meses, que se sobrepõe na esquina por um outro qualquer, por essa falta, esse buraco no estômago, essa fome de se sentir amado, de se sentir querido, de se sentir seguro, quando amor é nada além da sensação de estar caindo e não saber onde se segurar.E por isso eu culpo toda e qualquer manifestação esotérica, pelo meu amor volúvel que vai para qualquer pessoa que me desperte algo que valha terminar o dia, e sendo assim é mais fácil despejar em alguma coisa impalpável a minha incapacibilidade de ser como o resto das pessoas.Porque eu nunca tive motivos para acreditar em nada que dure para sempre. Porque eu sempre fui tocada pelas mais diferentes formas de vida e por qualquer frase um pouco mais inteligente, porque dói entender que a posição da lua não interfere no quanto eu morro um pouco todos os dias.

Porque eu acredito em tudo e isso de não descartar nada, me faz voltar para casa depois de me apaixonar a cada esquina, e querer uma cama só.Eu me machuco pra saber onde dói, mas hoje sei exatamente que parte de mim sente mais falta dele. Tudo.


Madame Bovari.

*-*


hoje pela manhã minha irmã meu trouxe este texto, lendo ele tive a certeza q eu sou uma estra-terrestre q to tentando sobreviver no planete terra, mas tá difícil, cada dia surge uma nova duvida, e me pergunto oque realemnte vale á pena??, será q vou conseguir?? vou sobreviver?? e prefiro faezr como diz no texto, me deito exausta de tanto pensar, e procuro dormir, quem sabe dormindo eu sonhe com alguma solução!!!

é uma sensação estranha de mais, dói o peito uma dor intocável e muito cruel, sufoca, me deixa sem ar, é uma anciedade uma ância de uma tal liberdade que não seja tão livre assim, uma vontade que não se define...

ah como queria q alguma coisa estivesse definida nessa minha vida, olho para os lados e todos parecem se encontrar em alguma coisa, e eu?? será q me identifico com alguma coisa??

agora eu entendo perfeitamente quando as pessoas vem nos comprimentar, ou quando querem deixar algum recado dizem... -muitas felicidades, - que vc seja muito feliz, sempre achei a maior besteira desejar q alguém seja feliz, tem tantas outras coisas p desejar, como... que vc tenha grana, que você tenha filhos ou não, que você se case ou fique solteiro... só hoje eu descobri que pra tomar tantas decisões é preciso ser feliz, estar feliz, ter a alma e o coração em PAz, não se consegue fazr ninguém feliz se a gente mesmo não está, eu daria tudo oque eu tenho ( não tenho Muito) pra que os buzios, os astros ou então uma cigana me falasse que estrada seguir...

que alguém me dissese, Chana casa vc vai ser muito feliz, ou então separa, tenha filhos, espere um pouco mais, faça uma faculdade, largue tudo e vire Hippie.

Ah como eu queria que a minha dor fosse física, uma dor que existisse um remédio, ou então de tanto doer eu esqueceria outras dores, tão gostoza aquela época em que minhas dores eram remediáveis por minha mãe, quando eu caia no colo dela e tudo passava,ah e as brigas com eles eram pq eu não queria ir na aula, ou pq eu queria dormir na casa de uma amiga, e se alguém me humilhava ou me deixava triste eu correia pro meu pai choramingando e ele logo se fazia super herói e tirava aqeula dor do centro das atenções.

por esses e tantos outros motivos eu continuo achando q eu sou de outro planeta e vim cair aqui por um acaso, por isso aqui fica meu humilde pedido ME LEVEM DE VOLTA P MEU MUNDO ANTES QUE EU ENLOUQUEÇA ( já enlouqueci)


ps: Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....





sexta-feira, 25 de junho de 2010

de mim...




Eu gosto mesmo é de silêncio, de mãos dadas por baixo da mesa, de sorrisos compridos, de rir de bobagens e do nada olhar nos olhos, de ficar com as bochechas vermelhas, de brilho labial com gosto de melancia, de vento me despenteando, de abraço forte, de segredos, de pele macia, de corpo quente, de fugir enlouquecida no meio da multidão, de reconhecer aquele sorriso de longe, de correr feito louca, de quase cair no chão, de sempre estar atrasada, de ficar parada sem falar nada, de vozes baixas, com sotaque malandro e arrastado, de perder a concentração...Eu gosto mesmo é dos planos, de boca perfeita, de olhar o mar à noite, de sentir frio na espinha, de fingir que não tem clima nenhum, de falar de futebol, de desviar o olhar, de falar das estrelas, de me sentir levemente bêbada, de falar compulsivamente, de sentir as mãos na cintura, de não sentir frio no frio, de beijo roubado, com gosto de chiclete.


De rir de mim mesma, de sentir frio na barriga, de vestido cheio de areia, do som do mar, do dia nascendo, de tomar bronca dos meus pais, de fingir que to chateada, de me esconder no quarto, deitar na cama e ouvir Nenhum de nós por 13 horas consecutivas, de lembrar de tudo que foi e não passou, de tudo que ficou, depois que acabou, dos sonhos que nascem inconscientemente, de me lembrar de tomar doses de realidade e repetir: Chana, Chana não se empolgue!E cinco segundos depois estar suspirando, o que eu gosto mesmo é de alugar os ouvidos das minhas amigas, de sentir que tudo se encaixa, de me irritar pensando onde eu estive tanto tempo!O que eu gosto mesmo, é de perder a linha e perder o rebolado, de parecer uma menina de 12 anos, de usar sapatinho de boneca e vestido, de vodka com limão e gelo, de suco de abacaxi, de cantar feito louca na rua, de surpresa, de loucuras, de perfume com cheiro de manhã de sábado...










*---*




O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas.Morrer não dói.




( Cazuza)

Fui obrigada a pensar!!!


Quantas coisas ainda fazem parte de nossa vida, mas acabaram-se, e acabou porque o tempo passou, acabou porque não existe reciprocidade, acabou porque nossa excentricidade não permitiu que se consumasse, acabou porque a vida levou embora, acabou porque já era tarde, acabou porque você não tem mais forças pra lutar, acabou porque ninguém ama sozinho...E as coisas acabam como se fosse melhor não terem acontecido, e a maioria acaba sem acabar, findam sem findar, e a gente deixa pra trás mesmo levando aquilo na alma.

Pobres de nós se não fossem as lembranças, felizes de nós se pudessemos apagar aquele adeus, aquela desistência, aquele sorriso, aquele sonho, pobres de nós se não fossem as lições que guardamos das coisas que se vão, felizes de nós se ja soubessemos tudo e já não houvesse nada pra aprender...

As vezes só é muito tarde pra dizer aquelas palavras, e vezes ainda, cedo demais; mas a gente perde tempo, e como cachorro correndo atrás do rabo, disperdiçamos energia em vão, porque um terço das pessoas que conheço só dão importancia para os sentimentos alheios quando é tarde demais pra fazer acontecer, quando as músicas já não fazem mais sentido, quando aquele filme tarde da noite já não lembra ninguém, quando o sonho já se tornou ilusão. Ossos do oficio é o que diz a canção, faz parte do que chamam de vida, faz parte da lei intríseca no que chamam de humanidade: a gente só dá valor quando perde...Eu tinha aquele costume piegas de ficar esperando, esperando por sinais e palavras certas, esperando por um grande momento, esperando ele perceber, esperando tudo fazer sentido; e o que eu ganhei? Frustração...Mas não há um culpado, não há um crime perfeito, porque as pessoas só fazem da gente o que a gente permite que elas façam, e quem eu sou hoje é apenas resultado do que eu fiz, com o que eu permiti que as pessoas fizessem de mim.

Cedo ou tarde demais, eu percebi que algumas coisas a gente leva pra sempre, mas isso não significa que elas tem que interferir na vida que nos espera lá fora.Deixar as lágrimas para o travesseiro talvez seja a forma mais sensata de levar a vida, antes que seja tarde demais para tomar a rédea do que lhe é seu por dever.Porque o que você leva da vida, é a vida que você leva, e só você pode mudar o caminho, as pessoas podem te influenciar, mas ninguém pode caminhar por você, as pessoas podem ter sua parcela de culpa nas lágrimas que você chorou sozinha, mas foi você que abriu as portas, as pessoas podem até te fazer sofrer, mas ninguém entra no nosso coração e principalmente, ninguém destrói nosso coração sem a nossa permissão..

Nós somos reflexo da nossa caminhada diaria, e você, o que está refletindo nesse momento?Quantas vezes você foi altruista consigo mesmo e se amou mais que amou aquele garoto ou aquela garota que parecia perfeita demais pra entrar na sua vida?

Quantas pessoas você ajudou?

Quantos amores você perdeu?

Você já amou realmente?

Quantos 'eu te amo' você já disse sem querer dizer nada?

Quantas vezes você já foi machucado?

Quantas vezes você machucou?

Quantos sonhos você perdeu?

Quantos realizou?

Quantas vezes você se julgou a pessoa certa?

E quantas vezes você se deu conta que ele era certo pra você, mas você não era certa pra ele? Quantas vezes você se denominou incapaz?

Quantas vezes você foi lá e fez?

Quantas vezes você já tentou dizer a coisa a certa e tudo que conseguiu foi fazer tudo errado? Quantas vezes você já parou pra pensar e se deu conta que não é o outro que te faz sofrer, é você?

Quantas vezes você tinha tanto sentimento ali dentro de você, mas para o outro, simplesmente acabou?

Pense nisso! Eu fui obrigada a pensar...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

EU, e palavras soltas...


Eu gosto mesmo de não ter sobre o que escrever, de falar de nada, de deixar fluir, de usar palavras simples, e fazer dos meus textos um desabafo psicológico.Não há nada até hoje que me dê mais prazer...

Sim, eu gosto de sentir, sentir com intesidade e ter o mundo na palma das mãos, gosto de saber que sempre tenho chance, que não importa quão distante esteja, a impossibilidade me assusta, o inalcansável me dá medo, não importa se remoto, mesmo que eu nunca lute por determinada coisa, gosto de saber que se tentar eu tenho chances de conseguir.

Gosto de textos longos e cheiro de terra molhada, gosto de tomar chuva, mesmo quando sei que tenho uma sombrinha na bolsa (minha mãe que não me leia), gosto de amar, amar e perder a identidade, gosto do extremo, da unicidade,do ápice, se amo, eu amo com tudo de mim, se odeio, odeio com todas as minhas forças. Mas hoje em dia, nenhum rancor me tira o sono, claro que existem pessoas, que eu não vou com a cara, que eu riria se caissem no chão ou se tropeçassem, mas eu as ajudaria levantar... depois de me matar de rir é claro x;

Falando de extremos, eu lembro que certa vez, li que um escritor (não me lembro o nome), procurava situações pra escrever, certa vez ele se separou da esposa pra sofrer, e ter inspirações, pra saber como era ter o grande amor longe. Louco não?!? Porém intenso, ousado... Sempre acreditei que a poesia devia ser baseada nisso, no sentimento do autor... Porque se não se torna apenas análise, é como falar de amor sem ter amado, por isso desisti da psicologia...

Não acredito que qualquer ser humano tenha capacidade de falar do que ele nunca tenha sentido.Eu prefiro acreditar no que ninguém vê...

Tenho lá meus arrependimentos, mas não posso deixar de viver por ter errado, porque estaria errando de novo. Eu deixo nas mãos do tempo, voltar atrás eu não posso, mas desistir eu também não vou.

Pois sim, sempre vejo as pessoas serem lembradas por algo que amam muito, e hoje eu tava pensando, e descobri que é disso que eu gosto. Gosto de questionar, expressar, concluir... Adoro cheiro de bloco de folhas, adoro palavras soltas, me levam longe. Adoro frases de impacto...

Adoro coisas simples e intensas, que fazem o momento parecer eterno, e colocam o coração na mão, gosto de palavras clichês, mas gosto de raridade, não gosto de prazo de validade, as coisas só deveriam ter data de fabricação.

Gosto de gostar das coisas, gosto de gostar de quem eu achei que nunca ia conseguir aturar, gosto de me sentir amada, gosto de amar sem limites, gosto das batalhas, independente das vitórias.

Gosto dele, gosto do sorriso dele, não gosto de senti-lo distante, não gosto de ser a louca compulsiva, não gosto de saber que fiz tudo errado. Gosto de histórias, gosto de filmes, gosto de coisas doces, gosto do jeito que ele falava.Gosto de não ser paparicada o tempo todo e gosto de conquistar a coisas, gosto de ouvi-lo respirar,.

Gosto de paisagens, porém tenho medo de água, gosto de sonhos, porém tenho medo de acordar, gosto de verdades, porém já menti tantas vezes.Gosto de sorrir e até gosto de chorar, gosto de momentos marcantes, mas não gosto de pensar que uma tristeza não é passageira

.A vida é simples, eu sou complexa...

Seria eu um conjunto de orgãos e membros? o.o

Ou seria eu um amontoado de sonhos?






Dizem sim que o amor de verdade é pra sempre...Que o amor feito pra durar, é aquele que põe um chama na alma e um brilho radiante nos olhos.O amor algumas vezes vem de forma diferente, nem sempre acontece com troca de olhares e uma longa conversa em meio a uma festa, as vezes ele nos surpreende com furtivos detalhes, em meio a momentos inoportunos, muitas vezes o amor se cobre de vaidade no canto da sala, ou de humildes atitudes em meio a uma porção de gente.O amor aparece sóbrio, ou as vezes embriagado pelo momento, e se estende a qualque um que deseje senti-lo.


O amor abre os olhos, abre o coração, desperta outros sentimentos que com ele vem de mãos dadas.Eu sempre acreditei nessas pequenas coisas que engrandecem a vida, nesses sorrisos que parecem fugazes, mas que alavancam a existência de uma forma tão espetacular, que faz o medo parecer detalhe supérfulo.Eu não sabia que por trás de tantos desgostos, ainda haviam motivos sinceros pra fazer a vida continuar...E eu precisei sim, de uma mão, de muitas palavras, de um rosto, de muito carinho, de muita compreensão, eu precisei ser encontrada pra me encontrar. E havia mais de mim em retalhos, do que eu podia imaginar.Mas hoje, felizmente sou completa, sou inteira, sou UMA, e não só MAIS uma...


Eu acordo todos os dias e sei que a vida lá fora é capaz de me oferecer condições para fazer o sorrisos brotarem torrencialmente.Eu sei que posso caminhar com as minhas pernas e que posso sonhar ainda que eu esteja com os olhos abertos.Enquanto pra uns, viver é um estorvo, pra mim viver é um presente, um presente que eu abro todos os dias com olhar de criança admirada, e cada descoberta, me faz crescer um pouco.E eu acredito, que a única coisa capaz de destruir esse amor imparcial, é aquele conjunto de coisas que enfraquece a alma, que faz de uma coração convicto, um coração descrente. A omissão, os erros incorrigíveis, as mentiras, a infidelidade, a impessoalidade, a descrença...


E assim como as folhas de outono, a flor do amor colocada em temperatura imprópria para o seu crescimento e desenvolvimento, morre como se fosse melhor nem ter brotado.




OBS:eu não preciso de fórmulas perfeitas ou de feitiços mágicos pra acreditar na vida


amor...


Essa é só mais uma manhã daquelas, em que a gente deixa de se sentir parte do todo e passa a ser elemento unitário de um conjunto, dai você começa a escrever sem se dar conta do que está dizendo, porque essa é uma forma intelectual de chorar sem lágrimas...

Acho que o que estou tentando mesmo, é falar de amor... Não sei muito bem o que tenho visto por ai, não tenho plena certeza se já presenciei o amor da forma abrangente que eu sempre conceituei, mas o que vejo são pessoas bonitas demais pra se apegar a um unico ser humano imperfeito e passar a vida toda tentando aperfeiçoá-lo em vão.

O que eu penso e venho me perguntando, é se matéria é tudo! Porque não acho que o cara que eu escolhi pra mim tenha que se resumir a quanto tem na carteira, a casa que mora, o carro que dirigi, porque conta bancária não determina carater. Amor pra mim é algo muito mais a esquerda, algo invisivel e intocável e no fundo não tão mágico e alegórico como nos filmes e nos livros.

Cabe a nós olhar para o lado e nos fazer aquela pergunta secreta: será mesmo amor? Porque bem ali no fundo da gente, desde o mais omisso até o mais comunicativo, temos o desejo involuntário de sermos importantes pra alguém, de termos por quem esperar, de termos pra quem confiar as chaves da nossa casa, com quem dividir nossa cama e nossos piores defeitos, todo mundo quer ter alguém diferente, que beije diferente, que fale diferente, que toque a alma da gente mesmo antes de tocar nossa pele. Todo mundo quer ter aquele refúgio secreto, aquele abrigo nos dias frios, aquelas mãos e aqueles sorrisos.

A gente sabe quando está vivendo um amor quando as palavras deixam de fazer sentido, quando você olha pra si e se dá conta que tem muito mais da outra pessoa em você que você mesmo, quando você espera horas só pra dizer que sentiu saudade, quando você não vê ninguém melhor no mundo, quando todas as outras pessoas não te dão mais tesão, quando você olha aquele rosto e imagina que daqui a 50 anos, com cabelos brancos e rugas ele ainda vai estar lindo.
Ps.: Eu dispenso as rimas e as razões das histórias sempre acabarem em belas tragédias. Porque eu não sei fazer uma canção de amor, mas eu posso tentar fazer tudo por ele, e tudo que eu peço em troca é que ele mantenha meu coração batendo. Mesmo que tudo que eu faça seja beijar seu belo rosto através das palavras escritas em linhas tortas.

terça-feira, 22 de junho de 2010

são poucos!!!


Não consigo entender como as pessoas ainda caem em histórinhas fadadas ao final infeliz. Creio que o nome disse seja auto sabotagem, sim pois não tem outra explicação que não seja essa.
Ainda acredito que ninguém busca a sua infelicidade, que ninguém busca a rejeição, muito menos consigo acreditar que alguém busque ser maltratado!

Prefiro acreditar que seja excesso de carência combinado com falta de amor próprio, fazendo assim nascer esse desejo de se auto sabotar

.Aprendi com a vida que tenho q buscar aqueles de me valorizam, porém aqueles que valorizam a verdade existente em mim, ou seja, que me aceitem completa, que visualizem a minha essência, que vejam com os olhos do coração...

existe em mim defeitos e neuroses e principalmente, que não cheguem até mim visando alguma vantagem para comigo!

Com tudo isso aprendi que só devo agregar pessoas que valham a pena, que me ensinem algo bom pra vida. Que me façam sentir bem, que queiram ver meu sorriso no rosto e, acima de tudo queiram apenas meus sentimentos sinceros em troca dos deles!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O amor é contagioso, Patch Adams

Não te amo, como se fosse rosas de sal, topázio ou flechas,
De cravos que atiram chamas,
Te amo como se amam certas coisas escuras secretamente,
Entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, ocultas, a luz daquelas flores.
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O delicado aroma que ascendeu da terra.
Eu te amo sem saber como, nem quando, nem onde.
Te amo simplesmente, sem complicações, nem orgulho.
Assim te amo porque não conheço outra maneira.
Senão assim deste modo em que não sou nem és
Tão perto que tua mão em meu peito é a minha.
Tão perto que se fecham teus olhos com meus sonhos.”
...Eu te amo sem saber como, nem quando, nem onde.
Um amor que inquieta, machuca.
Mas se não dói, não é amor.
Se não é amor.
Deixe que seja o que for.
Eu te amo e não sei o que faço.
Te ouvir falar que te magoei...
Sem querer ouvir o que é verdade.
Eu tentei trazer à margem meus sentimentos,
Tentei falar-te, juro.E só te magoei.
Eu te amei sem saber como, nem quando, nem onde.
Tanto, que reconheço isso em mim., como parte minha.
E que seja bonito quando chover.
E que seja.

Que seja...


A vida nos encaminha para estradas diferentes, escolhas são feitas, todas por nós.
Sou tão livre quanto um pássaro entre as nuvens, e tão preso ao preço que essa liberdade me cobra.
Hoje com as asas abertas e o espírito triste, aconteço, porém, preso ao medo. À procura de rumo, como quem não procura resposta pra nada.
Bicho do mato, bobo, inconseqüente, mas voando. O preço que me cobram é a minha companhia.
Não sou de ninguém, nem assim desejo ser.
Desejo a paz e um abraço sincero.
Não quero amargar com a idéia de pensar em idéias.
Não quero pensar demais, nem deixar de pensar.
Não quero dizer que amo, amei, sou feliz ou estou triste se realmente não estiver.
Não quero não dizer.
A vida nos faz perguntas esquisitas, dá patadas e um beijo é sua resposta.
Não sou vento, nem liberdade, muito menos pássaro preso na gaiola.
A única gaiola que trago comigo, é a que eu mesmo criei...
É fonte do problema e a solução.
Não sufoco por falta de ar, e sim por excesso de ventania.
Mas deixe que seja, e que seja bonito quando chover.
Que seja...
ôooo destino desgraçadooo esse meu heim...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Entendi!!


Entendi que para ter sol, não é preciso não ter nuvens...
Que para voar, não é preciso ter asas...
Que para sonhar, não é preciso dormir...
Que para querer, não há limites...***Entendi que para cantar, não precisa ser afinada...
Que para saber, nem sempre precisa perguntar...
Que para ter fé, não é preciso explicar...
Que para chorar, não é preciso doer...
***
Entendi que para dizer, não basta falar...
Que para sentir, basta um coração...
Que para beijar, pode ser com os olhos...
Que sorrir, pode começar de uma lágrima...
***
Entendi que, contra toda lógica, o tempo pode parar...
Que para sempre, pode ser dois segundos ou menos...
Que para agir, pensar pode travar...
Que para viver, não é preciso ter tempo...
***
Entendi que estar não é o mesmo que ser...
Que para conquistar, às vezes só depende da espera...
Que derrubar, pode ser construindo...
Que para chegar, correr pode atrapalhar...
***
Entendi que não preciso entender tudo...
Que para ser feliz, não preciso de bons motivos...
Que para fazer calar, não é preciso ter razão...
Que ter medo, pode ser com muita coragem...
***
Entendi que paradoxo tem outro lado ou não...
Que para ser maluca, não precisa ser da cabeça...
Que para ganhar, pode ser perdendo...
Que cobrar, pode ser a forma de perder tudo...
***
Entendi que perdoar todo dia é o mínimo para ser perdoado também...
Que para ser eu mesma, preciso me colocar no lugar do outro...
Que para fazer um amigo, não é preciso ser um outro eu...
Que persistir, é o jeito de encontrar o caminho...
***
Entendi que a distância é um conceito nada matemático...
Que para se estar longe, pode ser de mãos dadas...
Que para ficar perto, só é preciso imaginar

Que para amar, não precisa de mais nada...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pensamentos!


"Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A Consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída"

Aproveitar a VIDA!


Será que aproveitar a vida é vender tudo, comprar um barco e atravessar o oceano com um estoque de comida enlatada e um rádio que não pega metade do caminho? Será que é vender água de coco em Porto Seguro ao som da última versão de Macarena em português? Será que aproveitar a vida é largar o seu namorado de três anos mornos e começar a dar uma de Samantha em "Sex and the City" pegando só o que dá? Afinal de contas, que é este tal de aproveitar a vida?
Eu acho que eu aproveito a vida. Meu trabalho, eu nem chamo de trabalho, porque eu amo demais e me levanto cada dia mais cedo para executá-lo. Eu sou curiosa ao ponto da minha mãe sempre dizer que não posso ver um saco fechado chegando em casa que eu abro e, assim, eu conheço um monte de coisas. Eu me considero uma pessoa amiga, pelo menos de mim mesma. Eu cometo algumas gafes, faço alguns disparates de vez em quando, mas a idéia de pular de pára-quedas me causa náuseas só de pensar. E aí? Será que eu deveria querer pular de pára-quedas ou voar de balão na Capadócia para estar de fato aproveitando a minha vida?
Depois de muito analisar e de deixar a minha intuição falar um pouco mais do que isso eu cheguei a uma conclusão. Aproveitar a vida é ser você mesmo! Se o que te deixa feliz é limpar a casa todinha e fazer um belo jantar para a familia, mesmo sem ter nunca saído do seu bairro, que ótimo, você está aproveitando a sua vida. Se o mais importante é se aventurar em uma terra desconhecida e você o faz mesmo que tudo seja planejado metodicamente, que bom, você também está aproveitando a sua.

O que não é aproveitar a vida, para mim é, mesmo tendo tudo isso, não ter paz no espírito ou no coração. Não conhecer a si mesmo a ponto de não ter a menor idéia do que quer fazer com a sua vida. Não olhar para dentro e continuar procurando do lado de fora de você a resposta para todos os seus problemas, seja num amor, numa viagem, indo pro Oriente Médio ou sendo rica e famosa. Não aproveita a vida quem não olha o por do sol, mesmo que seja da laje de um barraco e se sente emocionado, lá no fundinho, com o espetáculo que é a natureza. Não aproveita a vida quem está com pressa de ser e de ter. Quem tem pressa de ser mais feliz, não está aproveitando a vida, mas a encurtando. Quem está preso na própria ansiedade não vive em mundo algum, está só flutuando como um dente-de-leão procurando um solo seguro para se firmar. Quem acha que a felicidade está "lá", seja lá onde este "lá" for.
É claro que eu quero realizações. Mas eu só posso me realizar quando eu viver a experiência por si só. Quando eu tiver um filho, não porque eu quero que alguém cuide de mim na velhice ou porque eu quero ter para quem deixar os meus anéis, mas porque eu quero saber como é a experiência de cuidar de um corpo pequeno que recebeu uma alma grandiosa (sim, porque todas as almas são grandiosas). Eu aproveito a vida no café que eu tomo com a minha mãe , mesmo que eu tome aquele café pela milésima vez. Aproveito a vida comendo o meu pastel de queijo, comprando meus vasinhos de plantas e vendo uma semente virar um morango. Eu aproveito a vida quando abro meu armário pela manhã e quero, tenho o tesão de escolher uma roupa linda porque é isso que eu mereço. Porque, por mais piegas e lugar-comum que isso possa parecer, a vida é só o que temo no hoje. O amanhã não chegou. O ontem já passou. E o desespero chega justamente quando queremos algo que tínhamos ontem e não temos, ou que queremos saber se teremos amanhã. Até porque, a hora da morte é sagrada e também precisa ser aproveitada como um novo nascimento. Um nascimento de outro nível, em outras esferas que deverão também ser muito bem aproveitadas.
Aproveite que está lendo este texto, e se perceba. Perceba como está sentado, perceba as partes do seu corpo, o contato do seu corpo com a cadeira. Perceba a maciez das coisas ao seu redor, as cores, os cheiros. Perceba qual é o seu sentido mais aguçado.
Isso é viver e aproveitar. No aqui e no agora, da maneira como as coisas são ou estão. Ame intensamente como não se houvesse amanhã. Porque, quando chegar o amanhã, ele será o seu hoje mesmo. Largue a carga que você carrega de ter uma lista enorme de obrigações. Sinta o prazer de ser.
Aproveitar a vida é ter prazer. Por que a dor virá, inevitavelmente.

terça-feira, 8 de junho de 2010

se estas sofrendo tenha certeza está mais próxima de Deus!


«É sempre uma grande descoberta ver que se pode dar o nome de Jesus abandonado a qualquer provação na vida.

Tememos? Jesus na cruz, no seu abandono, não pareceu também temer o esquecimento do Pai?Deparamo-nos com o desânimo, o abatimento. No seu abandono, Jesus parece Ele também ser invadido pela sensação de Lhe faltar o conforto do Pai e parece perder a coragem para ir até ao fim da sua terrível provação.Mas Ele diz: ‘Pai, em tuas mãos, entrego o meu espírito’ (Lc 23,46).

Os acontecimentos nos desconcertam? Jesus na sua grande dor pareceu não entender o que Lhe acontecia, pois Ele gritou: ‘Porquê?’ (Mt 27,46; Mc 15,34).

Somos criticados? No seu abandono, o Pai não pareceu aprovar a obra do Filho.

Somos acusados? Jesus na cruz talvez pensou receber uma queixa, uma acusação vinda do céu.Ao ver suceder-se algumas provações na vida, não nos acontece dizer: isto é demais, está a passar do limites? O cálice amargo que Jesus bebeu no seu abandono não estava cheio, mas transbordava.A sua provação ultrapassou qualquer medida.Quando o desespero nos agarra, feridos por um azar imprevisto, uma doença, uma situação absurda, podemos sempre recordar o sofrimento de Jesus abandonado que personificou todas as provações.Ele está presente em todas as dores. Todo o sofrimento tem o seu nome. (…)

Escolhemos amar Jesus abandonado. Para conseguir, habituamos a chamar pelo seu nome nas provações da vida.

Damos-Lhe assim o nome de Jesus abandonado-solidão, Jesus abandonado-dúvida, Jesus abandonado-ferido, Jesus abandonado-provação, Jesus abandonado-desamparado, e outros mais.

Chamando pelo seu nome, descobrimo-l’O atrás de cada dor e Ele nos responderá com um amor engrandecido; se o abraçamos, Ele será para nós paz, conforto, coragem, equilíbrio, saúde, vitória.

Ele será a explicação e a solução de tudo.»

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Dizem que o melhor remédio é o tempo. Mais milagroso que Cogumelo do Sol, ele cura de coração partido a unha encravada. Mas requer paciência, algo que os seres humanos dispõem, porém, em quantidade limitadíssima.
Quando eu tinha uns 14, 15 anos, tinha muito medo de não “estar aproveitando”. Desculpem o gerundismo, mas preferi reproduzir na íntegra a forma como me alertavam. Minha mãe, minha tia e todos os outros com mais de 30 anos bem que tentaram me avisar: a melhor fase estava passando e eu deixava escapar das mãos…
Alguns anos se passaram. Eu, que não passava nenhuma base na unha, hoje não tiro o esmalte vermelho. O cabelo, que vivia preso num rabo-de-cavalo, hoje dificilmente vê um lacinho, grampo ou presilha. Fica solto mesmo, e tenho muita preguiça de prender. Confesso que ainda tenho um pouco de receio de usar um batom vermelho que ganhei, mas pretendo superar. Pode parecer uma besteira: fazer a unha, arrumar o cabelo… Mas não é. É um grande avanço para quem achava que unha vermelha era coisa de mulheres pouco ortodoxas.
Na minha humilde opinião, ao quebrar um pequeno preconceito – ou vergonha -, como pintar a unha de vermelho, é, de certa forma, libertar a alma.
Aos 16, eu era extremamente ‘vermelha’.

Queria participar do grêmio, fazia manifestações, discutia filosofia. Meu desejo era salvar o mundo, mas o que eu não percebia era que eu precisava me salvar primeiro. Era uma adolescente cheia de complexos e medo. Medo de levar fora, medo de conversar e falar besteira, medo de andar sozinha na rua, medo de ter medo.
Hoje ainda sinto medo de várias coisas, que hoje considero importantes, como ficar sem emprego, não conseguir estabilidade financeira, etc.

Talvez daqui a alguns anos eu tenha medo de não conseguir pagar as contas ou de me divorciar, mas aí já é pauta para outro texto.
Algumas vezes acho que minha tia tinha razão. Será que ela era infeliz aos 30 e queria me proteger do grande desastre que é ficar mais velha, ao dizer que eu não estava aproveitando a melhor fase da minha vida? Engraçado, mesmo estando numa fase não tão boa da vida, pelo menos para a minha tia , eu me sinto uma pessoa muito melhor agora.




beijos

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No tempo de Deus (que não é o seu) aquilo que você tanto almejaser-lhe-à dado.Se você está passando por provas, não se desespere.O Senhor está formando seu caráter...e no tempo certo Ele lhe dará a vitória.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dedico este texto a todos os anjos da minha VIDA!!!!


Eu acredito em anjos.
Não acredito em fadas, nem duendes, nem bruxas, nem mandingas, nem amarração para o amor, nem em macumba. Eu acredito em anjos.
Acredito pela felicidade que chega sorrateira junto com aquele telefonema convidando ao sol num sábado à tarde. Na música alta, na piscina, na grama verde se esfregando insistentemente sob os pés. Acredito muito nisso.
Acredito nas noites sem fim de choro, onde cada hora, na verdade, dura dez anos. Acredito nos momentos onde nada aplaca a dor e mesmo assim existe um abraço forte que me envolve, sem palavras, me aninhando num casaco já molhado com lágrimas teimosas.
Acredito nas noites sem fim de alegria, onde a risada alta reina sem nada páreo para uma competição justa. Noites onde a felicidade se instala, vestida de princesa adornada de lacinhos coloridos, se espalhando pelo ambiente, nos forçando sua presença.
Acredito nos dias de rotina, absolutamente normais, e naqueles seres que, de uma forma completamenta maluca, conseguem se encaixar com perfeição no cotidiano tacanho.
Acredito na falta que me faz quando a vida se impõe e qualquer tentativa de contato torna-se um trabalho hercúleo. Mesmo assim, acredito no reencontro, onde as mudanças terão sido nada e todas as coisas que acredito ainda estarão lá.
Acredito que, na verdade, na vida que habita em mim habitam muitos outros, completando essa mesma e me obrigando a desabrochar essa tal de felicidade que insiste em se enraizar no meu peito. A vida que corre em mim tem um colorido que eu aprendi por aí, aprendi convivendo com todas essas coisas nas quais acredito.
Por isso acredito que isso ao meu redor não podem ser pessoas. Cheguei a conclusão, através de raciocínio lógico e longa observação da raça humana, que aquilo que me cerca é algo além.
Certa feita, eu digo: acredito em anjos. E eles acreditam em mim também.

" nunca se esqueça nenhuma segundo que eu tenho o amor maior do MUndo e como é grande o meu amor por você....
Como não ser assim??
fui a primeira filha, a mais esperada, a mais mimada por você PAi, não me abandone nunca, eu sofro tanto por ser assim mimadaaaa como vc mesmo disse, ah pai mas como é bom um mimo seu...
eu te amo...
um beijo da filha mimada e rebelde as vezs...
“Pai,Me perdoa essa insegurança,
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu
Pai,Eu cresci e não houve outro jeito,
Quero só recostar no seu peito...

VONTADE NÃO SEI DOQUE!!!!


Abro a geladeira e fico olhando para o desfoque de possibilidades. Não foco em nada porque não sei exatamente o que eu quero. Será que a gente pensa que a geladeira é um portal para outro mundo? E que ao abri-la a gente vai descobrir para onde quer ir ou o que quer da vida? Da gaveta de ovos (pra que existem gavetas de ovos?) pularia um sábio indiano e me diria: você só precisa ter calma e não desejar tanto. Do desejo é que saem as angústias. E eu crente que ele ia filosofar sobre quem veio primeiro. Se foi o ovo ou a galinha. Ou então, pularia a Clarice Lispector. E me recitaria aquele conto maluco do ovo. Dá onde a gente tira que a geladeira alimenta a nossa alma e a nossa mente? Se ela mal alimenta nossa fome mais óbvia e superficial.


Minhas vontades, sempre infinitas, passam muito rápido. E aí eu fico achando que eu não sei ter vontades. Que eu não mereço as minhas vontades. E me sinto sempre uma traidora prestes a desistir ou a enjoar de algo que nem deu tempo de acontecer. E aí fico com preguiça ou mesmo falta de coragem para ter novas vontades. Se elas vão passar, para que raios elas servem? E então me pergunto. Se amor passa, de que serve senti-lo? Tinha tanto medo de perder as pessoas e agora vejo que fiz de tudo para perdê-las.


O amor curte esses pequenos momentos porque a vida acaba, mas nós acabamos ainda muito antes. E sou interrompida mais uma vez por essa vontade automática de olhar minha caixa de e-mails. Ou de comer mais um quadradinho da barra de alpino. Ou de dar um gole pesado e alongado na água e pedir, sem nem saber, que ela abaixe minha bola um pouco e eu volte a ficar humilde. Sempre tomo água sem humildade como se desse um trago em um cigarro. Ninguém traga com humildade. É a cena mais banal do mundo, mas, sei lá porque, me sinto sempre uma estrela sedenta quando dou meu gole cheio de tédio em um copo com água.


E aí se vão alguns minutos em que desejei apenas coisas automáticas ou fisiológicas. E nem assim, alguns minutos em que eu não tenha sido escrava do meu desejo absoluto e insuportável em ser algo grande e não banal. Ou ser algo de uma banalidade tão verdadeira, que choque as pessoas. Não paro de querer algo, que eu nem sei ao certo o que é, nem quando limpo uma gotinha no canto da boca. Não, não tem nenhum e-mail interessante. Que me enfie num carro acolchoado e me leve por uma estrada florida. Nenhum e-mail cocaína. Que me faça sentir o máximo e absolutamente feliz sozinha. E absolutamente cheia de amigos e amores. E absolutamente. Sei lá.


Nunca experimentei cocaína. Mas tenho noção de que sou uma viciada em esperar que algum humano me faça sentir algo bom e que me tire daqui. E então sou tomada por uma vontade maluca de abraçar minha mãe tão forte que eu entraria de volta para dentro dela. Mas não posso. Não posso porque isso seria voltar a estaca zero. E então eu me abraço fingindo coçar os braços. E daqui a pouco mais essa vontade também passou. E eu fiquei um pouco mais forte ou um pouco mais fraca. Nunca sei.


E a Vanessa da Mata canta a minha música. Que tudo o que eu quero dar é pesado, é demais, não há paz. E na voz dela até que eu mereço perdão. Até que eu devo ter jeito. Eu peso mil quilos. Mas adorava contar a piadinha de que fulana era ainda pior porque era gorda de verdade. Antes uma chata que uma gorda de verdade. Vontade de ser do mal. Vontade de ter com quem ir para Tiradentes. Sabe, a cidade histórica? Não conheço. Nem conheço ninguém com quem eu iria para lá. Estou com vontade de comer . Apesar de ser ansiosa ,E aí vamos rir a valer e depois bocejar de preguiça de voltar para a casa sozinhas. E também essa vontade passará. E então vou ter uma vontade de estalar o pescoço no meio da noite. E vou ficar um pouco feliz porque descobri que não é uma cama metade vazia e sim uma cara inteiramente cheia de mim. E vou ficar cheia de mim. Com tudo o que isso tem de bom e de ruim. E vou finalmente ter vontade de parar de pensar, por alguns minutos.
Vontade de ???
ah nem sei...
já passou hehehehehe....
beijinhos.....